Em Madureira, a diáspora africana se revela em cada encruzilhada: com as angolanas convidando para trançar os cabelos nas galerias, mostrando a forte troca cultural entre Brasil e Angola, na presença da comunidade congolesa, além da forte influência de descendentes de ex escravizados do Vale do Café que deram origem ao Jongo presente na região.
No Tour de Madureira, conectamos passado e presente em um percurso que celebra a força e a continuidade das tradições afro-diaspóricas. Ao percorrer os “Caminhos de Madureira”, você irá vivenciar a força da comunidade negra e seu “assentamento territorial”.
Iniciamos nossa caminhada na CUFA (Central Única das Favelas), explorando o papel de Madureira como polo cultural e sua importância na cena negra carioca. Abordamos espaços icônicos, como o Baile Charme, que reflete a influência da cultura negra norte-americana no Rio de Janeiro.
Ao longo do trajeto, destacamos locais que marcaram gerações no movimento LGBTQIAPN+, além da história da Escola de Samba Império Serrano, fundada por lideranças da comunidade da Serrinha, onde o Jongo se firmou como uma das bases culturais do samba no Rio de Janeiro.
Entre curiosidades e histórias peculiares, chegamos ao Mercadão de Madureira, o maior mercado popular da cidade, um espaço essencial para o comércio de artigos religiosos das tradições de matriz africana e afro-indígena.
Finalizamos a experiência com petiscos no Quiosque do Moise, refletindo sobre a presença de migrantes negros que encontraram em Madureira um refúgio e um lar – essa grande mãe, eternizada nos versos de Arlindo Cruz: “Madureiraaaa lá láia…”